sexta-feira, 17 de junho de 2011

Bombeiros abandonam provisoriamente reivindicação salarial e priorizam libertação dos 439 presos


Depois de passarem a madrugada acampados em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), os cerca de 300 bombeiros que continuaram em protesto, informaram que, abandonaram provisoriamente a pauta de reivindicações por aumento de salários da categoria. O grupo estava mobilizado pela libertação dos 439 bombeiros que estão presos em Niterói. Há mais de um mês, os militares reivindicaram melhores condições salariais e de trabalho.
Vários deputados de outros estados estiveram na escadaria da Alerj para dar apoio à categoria. O deputado Paulo Ramos afirmou que vai tentar conversar com o presidente da Casa, Paulo Melo, e interceder junto ao governador pelos bombeiros. Policiais militares do Batalhão de Choque e dos batalhões de área estavam posicionados para evitar protestos mais exaltados.
Um grupo de aproximadamente 50 bombeiros iniciou um ato na altura do vão central da Ponte Rio-Niterói. Os manifestantes desceram de um ônibus e chegaram a caminhar em uma das quatro faixas de rolamento da via, sentido Rio.
Munidos de faixas e cartazes, os oficiais caminharam por aproximadamente dez minutos. Depois, retornaram ao ônibus e seguiram viagem.
Muitos motoristas passaram pelo local buzinando em apoio à manifestação. Quando chegou um veículo da concessionária que administra a via, os bombeiros interromperam o protesto. Muitos revelam ainda ter medo de represálias ou mesmo de novas prisões.
Cerca de mil bombeiros invadiram o Quartel do Comando-Geral da corporação, na Praça da República, com faixas e cartazes exigindo um encontro imediato com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros. Após uma madrugada de protestos, policiais do Bope invadiram a unidade na manhã de sábado. Os PMs explodiram o portão dos fundos do quartel, na rua do Senado, deram tiros de efeito moral e jogaram bombas de gás lacrimogênio que atingiram os manifestantes e jornalistas dentro do quartel e na rua. Houve barulho de tiros de fuzil que, segundo os bombeiros, foram dados para o alto. A confusão terminou com a prisão de 439 bombeiros.

(Grupo 7:  Amanda Bertoni, Bruno Pestana, Cindy Fraga, Felipe Aguar, Katheryne Lopes)

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