Luta de Classes

Desde a semana passada vivencia–se  uma grande polêmica na cidade de São Paulo acerca da construção de uma estação do metrô, na região nobre de Higienópolis, mais precisamente no cruzamento da Av.Angélica com a Rua Sergipe. Tudo começou com um abaixo-assinado realizado por alguns moradores contra a implementação de uma estação da Linha 6 - Laranja no bairro, que causaria desapropriações. A principal alegação dos moradores é a de que, num raio de 600 metros do local, já existem mais quatro estações e que a construção deveria ser feita na praça Charles Miller, para atender aos estudantes da Faap e aos freqüentadores do estádio do Pacaembu. Outras alegações foram a preocupação de que a obra aumente o fluxo de pessoas na região e que a estação vire um atrativo para camelôs. Na mesma semana, o Governo de São Paulo decidiu mudar a localização da estação, por razões técnicas, para outro local. Isso, somado a comentários  preconceituosos dos moradores de Higienópolis contra as pessoas de menor poder aquisitivo, e comentários antissemitas contra os moradores do bairro nobre, levou a discussão escapar dos trilhos da argumentação urbanística e atravessar para o campo da luta de classes. Diante desses fatos, 600 pessoas organizaram, via internet, um churrasco na Av.Angélica em protesto contra o abaixo-assinado dos moradores de Higienópolis. Na manifestação bem humorada, as pessoas tomaram cerveja, batucaram e cantaram músicas com alusão ao metrô, paralisando a avenida. 

Ontem, o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes disse que a estação do metrô será em Higienópolis. ‘’A estação ficará entre a faixa da Rua Sergipe com a Avenida Angélica, até mais ou menos a Rua Ceará’’, afirmou. O secretário também reforçou que a decisão sobre a nova localização é técnica, mas depende também do término das audiências públicas.

Fonte: Os jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo

Grupo 4: Bruno Silva , Claudio F. , Isadora B. , Lais B. e Lucas Duarte