domingo, 18 de setembro de 2011

Martin Luther King e o preconceito racial nos Estados Unidos da América


    O início do preconceito racial nos EUA se deu após a guerra de secessão, que aconteceu entre os estados do Sul(escravistas e contra a independência) e os estados do Norte(a favor da independência e de mão-de-obra livre) dos EUA, onde os negros sulistas foram considerados pelos brancos os responsáveis pela derrota. Desse modo, o ódio racial começa a surgir nos americanos. Entretanto, quando os negros começam a exercer os cargos públicos esse ódio aumenta ainda mais e a segregação racial começa a se tornar lei nos EUA, passam então, a existir locais só para negros e só para brancos. 

Martin Luther King, um mártir americano: 

Com todo esse preconceito contra os negros acontecendo nos EUA em meados da década de 1950(simbolizada fortemente pela organização Ku Klux Klan¹), o negros precisavam de algum tipo de líder, mártir. Alguém que pudesse dar a cara a tapa, que pudesse falar por todos os negros do país, alguém que pudesse mudar aquela situação. Nesse cenário de necessidade, é que surge um negro de estatura média, cabelos escuros e de olhos pretos, pastor protestante e ativista político; seu nome ficaria marcado para sempre na história, não só dos EUA mas de todo o mundo, chegaria até ganhar o prêmio nobel da paz em 1968. Seu nome é Martin Luther King, como o próprio nome diz, um verdadeiro rei.

Conclusão:
             
                Como vemos, enquanto em vida o reverendo Martin Luther King alcançou muitas vitórias, com suas ações conseguiu atrair a mídia, mobilizar a opinião publica nacional e possibilitar assim várias mudanças constitucionais na nação. Porém, a perda de prestígio e decadência de seu movimento nos últimos anos de vida deixa dúvidas quanto à efetividade de seu movimento no campo que ele mais reclamava como uma arma da não-violência, que é a capacidade de transformar a consciência do opressor através da tensão moral produzida pelo ataque a uma vitima inocente. Ora, a realidade ou não dessa premissa não é possível provar, apenas por uma análise superficial nos parece que as manifestações não tendiam a acalmar os ânimos dos segregacionistas, mas, pelo contrário, os incitavam ainda mais para cometer atos mais cruéis.
Mas em 2008, quarenta anos após a morte do líder negro, acaba de ser eleito nos Estados Unidos da América o primeiro presidente negro, Barack Obama. Bom, e o que isso tem a ver? Obviamente não pretendemos atribuir a eleição desse presidente à ação de Martin Luther King, porém a própria possibilidade de um negro concorrer a esse cargo significa uma grandiosa mudança na consciência na população americana praticamente inimagináveis a quarenta anos atrás. Por algum motivo pode-se atribuir uma mudança na mentalidade da população americana. E se Fernand Braudel estiver certo, essas mudanças, que incluem características culturais e mesmo morais da sociedade, se processam numa longa duração e não podem ser percebidas de imediato. A perspectiva de aceitação do negro, principalmente no Sul dos Estados Unidos, está ainda em pleno processo, porém não há como negar que o destino, a nosso ver hoje, parece finalmente ser o da integração do negro na sociedade americana.

     Ariel M. Bueno nº 6, Daniel Trugillo nº 15, Cezar K. nº 11,Christian Larsen nº 12,Felipe Aguiar nº 17 e Mateus T. Salha nº 32

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