domingo, 18 de setembro de 2011

O homem como ser social

INTRODUÇÃO
            A partir do fim do século XIX e meados do século XX, o homem, no sentido antropológico, foi classificado de uma forma evolucionista, etnocentrista e racista. Isso se deu devido ao contexto histórico na Era dos Impérios, no leste europeu.
            No entanto, os sociólogos atuais lutam para modificar tal forma de pensamento. A base da argumentação de tais cientistas sociais se dá pela aplicação da pratica social de um indivíduo, que é dividida em duas dimensões: Dimensão Econômica e Dimensão Simbólica. A prática econômica é basicamente a necessidade material de uma sociedade. Já a prática simbólica, o homem usa destes para representar sua vida, ou seja, a fé, linguagem, leis, ideologias, arte, etc.
            O grande embate entre os antigos e os novos pensamentos se dá devido a tais dimensões. Evolucionistas só consideram a dimensão econômica, ou seja, desvaloriza toda a cultura de uma determinada região. Isso vai contra os conceitos dos novos pensadores, que acreditam que, se desprezado a dimensão simbólica, não teremos uma diversidade cultural. Isso é conhecido como o embate entre o Evolucionismo x Diversidade Cultural.

OBJETIVO
            Compreender a relação entre a questão racial e o ser humano disposto por natureza à união, à associação, à formação do Estado, podendo defini-lo em uma concepção filosófica como ser social.

 A QUESTÃO RACIAL
            Mais do que uma herança de nosso passado, a questão racial está presente no nosso dia-a-dia de diferentes formas, como piadas e a polêmica cota para negros, o preconceito racial existe no futebol (é o caso de Roberto Carlos que foi chamado de macaco por torcedores rivais de seu time na Rússia), em escolas, em lugares públicos, na política e etc. No Brasil, a questão racial começou na época colonial. Os europeus inicialmente tinham certo preconceito contra os índios, aqui habitantes, pois possuíam hábitos diferentes, vestimentas diferentes e cor de pele diferente. Após algum tempo escravizando os índios, perceberam que era necessário escravizar os negros, pois eram mais fortes do que os indígenas. Começou aí a exclusão dos negros no Brasil, pois esses escravos trazidos da África não tinham direito algum e eram tratados como mercadorias.
            É no passado onde podemos levantar as questões sobre como o brasileiro lida com a questão racial. A escravidão africana em solo brasileiro perpetuou uma ideia corrente onde as tarefas braçais e subalternas são de responsabilidade dos negros. O branco, europeu, civilizado e cristão, tinha como papel liderar e conduzir as ações a serem desenvolvidas
            O racismo brasileiro acompanha a sua contradição: a miscigenação. Colocada por uns como uma estratégia de ocupação, a miscigenação questiona se realmente o Brasil possui ou não uma cultura racista. Para alguns, o mestiço definitivamente comprova que a junção entre indivíduos de nações diferentes (Japão, Itália, África, Portugal e etc.) atesta que nosso país não é racista. Surge então o mito da chamada democracia racial.
            Um autor que fala sobre esse assunto é Gilberto Freyre em sua obra
Casa Grande & Senzala. Neste livro o autor tenta desmistificar a noção de determinação racial na formação de um povo no que dá maior importância aqueles culturais e ambientais. Com isso refuta-se a ideia de que no Brasil se teria uma raça inferior dada a miscigenação que aqui se estabeleceu. entre portugueses, índios e negros. Porém essa miscigenação não exclui os preconceitos raciais no Brasil do século XXI.
             A última constituição brasileira coloca a discriminação racial como um crime e pode levar a prisão, mas algumas pessoas continuam sendo racistas e não ligam para o que o governo faz.  Exemplos de tentativas para acabar com o preconceito racial brasileiro são os sistemas de cotas e a criação de um ministério voltado para essa questão, entretanto acabam distinguindo o negro do branco.
            O saber racional nem sempre controla nossos valores e práticas culturais. A fenotípica do indivíduo acaba formando uma série de distinções que surgem no movimento de experiências históricas que se configuraram ao longo dos anos.  Seja no Brasil ou em qualquer sociedade, os valores da nossa cultura não reproduzem integralmente as ideias da nossa ciência.
                                                                                                                               
 OLHAR SOCIOLÓGICO DO HOMEM E A SOCIEDADE
               O homem biológico se torna social e produz cultura envolvendo a todos e modelando a sua personalidade, internalizando regras sociais, maneira de ser, pensar e agir, transmitidas por meio do processo de socialização.
            Um ser pensante que por ser frágil não sabe viver isolado, precisa da inteiração com seus semelhantes, a fim de buscar o seu autoconhecimento, capta e guarda informações e, portanto, atinge níveis de consciência melhorando assim o convívio social.
            Somos sociais não apenas porque dependemos de outros para viver, mas porque os outros influenciam na maneira como convivemos conosco mesmos e com aquilo que fazemos.            A sociabilidade é uma tendência natural do ser humano, sendo fundamental para a existência deste. Temos consciência de que nossa existência como seres vivos remete ao mundo social. Desde o momento em que nascemos, sempre há alguém apontando ou dizendo, como você deve comer, o que estudar, até mesmo nos desenhos animados. Tenta ter controle sobre você, dizendo o que é certo e errado. Nas novelas mostram que racismo e crime é horrivel, mas sempre os empregados e funcionários são negros e pobres.              
            Individualmente somos diferentes, porém juntos formamos uma sociedade. O indivíduo enfrenta consigo mesmo a angústia no despossuimento das ferramentas necessários para promover o destravamento de sua insignificância.
            É preciso respeitar as diferenças individuas e culturais.  A complexidade da sociedade atual comporta relações de extrema desigualdade. O bem-estar que deveria ser de todos torna-se privilégio de poucos.
            De várias formas tentam influenciar as pessoas, manipular. Até o ponto em que você é livre? Se muitas vezes parece que não temos escolhas e nos sentimos com uma arma apontada na cabeça, dizendo a nós o que fazer. Então, trabalhe, estude, consuma. Dizem que você é o que tem. Todos somos manipulados e vigiados pela sociedade. Por muitas vezes nos fazem sentir pressionados, dizendo, seja bela, seja magra, seja um homem forte, homem não chora, tenha um corpo perfeito. Somos coagidos e bombardeados de informações, que muitas vezes, nos sentimos aprisionados. Por uma série de regras e modismos que reagem no nosso comportamento. Porém, somos obrigados a seguir essas regras para sermos aceitos pela sociedade.
            Há duas tendências muito fortes no ser humano: uma para buscar a autonomia, a auto-suficiência, a independência; e outra para fazer parte e pertencer a uma unidade maior.
            Infelizmente na nossa sociedade existe o racismo. Em uma pesquisa, o entrevistador pergunta a uma criança negra qual era a boneca negra, e ela responde corretamente. Depois perguntaram a um menino branco qual boneca era mais bonita, então foi apontada a boneca branca. A mesma pergunta foi feita a menina negra e mais uma vez a boneca branca foi apontada. Também foi perguntado porque a boneca branca é mais agradável, o garoto respondeu porque ela é branca e tem olhos azuis, dizendo que a negra era feia, respondendo que era feia por ser negra. Esta é a realidade.

CONCLUSÃO

Mesmo sendo importante o convívio entre as pessoas e que essa convivência seja de forma harmoniosa e respeitosa, o preconceito ainda está presente na sociedade. Algumas ações são feitas para tentar a inclusão de quem sofre preconceito, porém nem sempre são vistas com bons olhos, sendo alvo de críticas e dúvidas a respeito de suas finalidades. É certo afirmar que a miscigenação é um fator que indica a interação, sem preconceitos, entre diferentes raças, porém esse pensamento representa apenas uma parcela da população, não necessariamente ela como um todo. O preconceito não é simples de ser tratado pois envolve muito mais do que diferenças. Envolve como essas diferenças e intolerâncias afetarão o indivíduo-alvo, ainda mais por ser da natureza humana julgar, observar as atitudes alheias, opinar e tentar ser o que não é.
AMANDA BERTONI
BRUNO PESTANA
CINDY FRAGA
GABRIELA FONSECA
KATHERYNE LOPES


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